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YouTube anuncia iniciativas para conter desinformação

O YouTube anunciou nesta quinta-feira (18) uma série de esforços que serão empreendidos para conter a desinformação na plataforma. O objetivo é interromper a desinformação antes que ela se torne viral, limitar o compartilhamento entre plataformas e o controle de conteúdos em outros idiomas que não sejam o inglês.

Segundo o diretor de produtos do YouTube, Neal Mohan, a limitação do compartilhamento entre plataformas limitaria as limitações de vídeos que, hoje, conseguem burlar as diretrizes de desinformação da empresa. Segundo o YouTube, seu sistema de recomendação diminuiu bastante o consumo desses vídeos.

Usuários burlam mecanismos de segurança

No entanto, o tráfego de outros sites, que incorporam os links desses vídeos, chamados “limítrofes”, continuam sendo um facilitador para sua disseminação. Para tentar resolver esse problema, o YouTube pensou em algumas soluções que são relativamente simples.

Entre as ideias estão a desabilitação do botão de compartilhamento ou a quebra de links para vídeos que já foram suprimidos no YouTube. Outra ideia é a inclusão de mensagens informando que os vídeos podem conter informações incorretas.

Outra ideia do YouTube para conter a desinformação é o aumento das equipes de moderação de conteúdo e parcerias com organizações não governamentais e especialistas locais. Além disso, a empresa estuda rotular vídeos sobre tópicos de rápido desenvolvimento, como epidemias e desastres naturais.

Equilíbrio entre segurança e liberdade

As medidas, em última análise, são uma tentativa do YouTube em equilibrar a segurança, o combate à desinformação e a liberdade de expressão. Hoje, o YouTube ainda é a maior plataforma de vídeos do mundo, com mais de 2 bilhões de usuários mensais.

“Precisamos ter cuidado para equilibrar a limitação da disseminação de desinformação potencialmente prejudicial, enquanto permitimos espaço para discussão e educação sobre tópicos sensíveis e controversos”, disse Mohan.

Grupos de combate à desinformação têm dito que o YouTube não está fazendo o suficiente para conter a disseminação dentro da plataforma. Em janeiro deste ano, uma carta assinada por representantes de mais de 80 agências de checagem foi enviada à CEO da empresa, Susan Wojcicki.

Fonte: Portal Olhar Digital - Edson Kaique Lima 

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