WhatsApp, Instagram, Twitter e outros: por que as redes sociais caem?
Com certa frequência, nos deparamos com problemas que afetam todas as redes sociais, e são um transtorno para seus usuários, impedindo o uso de ferramentas das plataformas, ou sua utilização de forma completa. Rapidamente todos ficam sabendo quando uma rede social cai, mas entendemos o motivo disto acontecer?
Pensando nesta questão, o Olhar Digital conversou com Arthur Igreja, especialista em Tecnologia, que explicou as principais razões para as quedas de redes sociais aconteçam.
Igreja explicou que inúmeros fatores podem causar a queda de uma rede social, mas dois motivos são os mais comuns: problemas em servidores e, principalmente, atualizações.
“A associação é grande porque é um momento muito delicado,” explicou o especialista sobre as atualizações causarem quedas em redes sociais. “Literalmente você está trocando a roda com o carro em movimento, porque você tem bilhões de pessoas utilizando e você vai interferir naquele código. Você não pode mandar uma mensagem e falar: ‘olha, ficaremos fora do ar nas próximas duas horas’. Então você faz uma sequência exaustiva de testes.”
Só que, muitas vezes, estes testes não são capazes de impedir que uma falha aconteça, e cause a queda da rede social inteira. “Lembrando que, muitas vezes, são funcionalidades inéditas, então elas podem ter complicações inéditas. As empresas tentam se precaver da melhor forma possível, mas, enfim, algo pode sair do controle.”
Igreja explicou que existe “um arcabouço gigante de ferramentas e de hardware” para prevenção de quedas. “Normalmente, as empresas simulam esses cenários. Então, elas estabelecem redundância,” explicou Igreja, sobre o que as empresas fazem para prevenir as quedas. “Elas têm, por exemplo, servidores em diferentes partes do mundo. Caiu um, o outro assume.”
Apesar de normalmente ser assim, as redes sociais não caem sempre por um conjunto de fatores que dão errado, como acontece na aviação com quedas de aviões, que possuem redundância para basicamente tudo.
“Quando o assunto é software, você tem menos redundância do que os aviões, por isso [esta] comparação até ajuda a entender, mas ela não é precisa. Na aviação, em todos os itens, você tem redundância. No software, não necessariamente. Depende da arquitetura, depende da tecnologia e depende da empresa,” analisa o especialista.
Além das simulações e estabelecimento de redundâncias, Igreja explica que as companhias vão aprendendo com as ocorrências do passado. E para solucionar as quedas de redes sociais, as empresas fazem uma série de testes para tentar entender o caminho lógico para isto.
“Ou seja, você faz o caminho do usuário em direção à empresa, e vai checando etapas para tentar entender aonde foi interrompido esse fluxo,” relata o especialista. “Então no caso de um colapso dessa magnitude são vários setores envolvidos. Você acaba fazendo checagens de segurança, relacionadas a invasão. Você faz checagens operacionais, vê se não foi energia elétrica, se não foi conexão. [Existem] ferramentas que ajudam a estabelecer esse traço.”
Fonte: Portal Olhar Digital - Ana Luiza Figueiredo, editado por André Lucena