WhatsApp ainda não tem data para lançar a função Comunidades
O WhatsApp, mais uma vez, não confirmou a data de estreia da função “Comunidades” no Brasil, após um novo questionamento feito pelo Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), de acordo com relato do G1 nesta quinta-feira (9). A ferramenta, que vem sendo desenvolvida desde o ano passado, permite criar grupos dentro de grupos.
Na resposta dada ao órgão, o app de mensagens da Meta disse que o recurso de mega grupos “está em fase de desenvolvimento” e não foi lançado em nenhum outro país, até o momento. A empresa ressaltou que “a implementação de novas funcionalidades no aplicativo é sempre feita de maneira informada, embasada e cautelosa”.
Esta foi a segunda vez, desde maio, que o mensageiro respondeu ao MPF-SP sobre a estreia da aguardada função. No documento, acessado pela GloboNews, a plataforma de mensagens afirma ainda ter decidido “implementar essa funcionalidade somente após eventual segundo turno das eleições de 2022”.
Apesar disso, o WhatsApp não forneceu uma data exata para o lançamento no país, desagradando ao órgão, que não descarta judicializar a questão, de acordo com a publicação. Vale lembrar que o segundo turno, caso ocorra, está marcado para o dia 30 de outubro, conforme o calendário divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Preocupação em relação às eleições 2022
A preocupação das autoridades com a chegada dos mega grupos do WhatsApp tem a ver com a possibilidade de a funcionalidade ser utilizada para a disseminação de fake news sobre o processo eleitoral. Devido às suas características, ela facilita o compartilhamento de mensagens para um grande número de pessoas.
Conforme o MPF-SP, a ferramenta Comunidades possibilita encaminhar mensagens para até 10 grupos de 256 participantes cada, de uma só vez. Com isso, os conteúdos chegam a até 2.560 destinatários a cada envio, criando um mecanismo altamente eficaz na distribuição de desinformação.
Por conta disso, o Ministério solicitou ao mensageiro que a novidade seja lançada no Brasil apenas em 2023. O órgão usou como exemplo, para o pedido, a invasão do Congresso dos Estados Unidos em janeiro do ano passado, após notícias falsas serem replicadas por meio das redes sociais, ação que terminou com cinco mortos e muitas pessoas feridas.
Fonte: Portal TecMundo - André Luiz Dias Gonçalves