Pesquisa mostra que jovens não se preocupam com tempo nas redes sociais
Estudo descobriu que 60% dos jovens não limitam o tempo que usam redes sociais, e boa parte não considera limitar o uso
Uma pesquisa recente feita pelo centro de pesquisa Pew, que pode ser vista aqui, alega que uma vasta maioria dos adolescentes atuais não está preocupada com o tempo de uso da tecnologia e das mídias sociais. Uma parcela menor, no entanto, diz que se preocupa em diminuir o tempo de tela.
O estudo descobriu que a maioria dos adolescentes considera que os benefícios dos smartphones superam os danos para a sua faixa etária. A pesquisa ouviu jovens de 13 a 17 anos, e também os seus pais.
Os líderes das empresas de redes sociais estão buscando cada vez mais abordar os efeitos negativos das suas plataformas na saúde mental dos jovens. A postura dessas empresas tem ficado mais clara à medida que especialistas em saúde e agentes políticos buscam regulamentações mais rigorosas.
63% dos adolescentes não limitam o uso de smartphones e 60% não limitam o uso de mídias sociais, conforme o relatório do Pew. 38% dos adolescentes disseram que passam muito tempo em seus smartphones, e outros 25% disseram que passam muito tempo nas redes sociais. 39% disseram que deveriam reduzir o uso das redes sociais.
A pesquisa também mostra que 76% dos pais considera uma prioridade como responsável conseguir gerir o tempo dos smartphones dos seus filhos adolescentes. Alguns, no entanto, veem dificuldades em convencer seus filhos de que esses limites são necessários: 38% dos pais disseram que discutem pelo menos algumas vezes sobre o uso excessivo do telefone.
Há ainda, um outro lado: como o uso de smartphones e redes sociais podem ser benéficos para incentivar e exercitar as mentes desses jovens.
Nesse ponto, 69% dos adolescentes disseram que os smartphones facilitam a realização de seus hobbies e interesses, e 65% disseram que os smartphones os ajudam a ser criativos. 45% disseram que os dispositivos facilitam o bom desempenho na escola. Ainda assim, 42% acreditam que os smartphones criam obstáculos para desenvolver habilidades sociais.
Controle de rede social pode preservar saúde mental de jovens
- Um cirurgião-geral dos EUA, Vivek Murthy, alertou que as redes sociais representam uma ameaça à saúde mental das crianças.
- O médico apelou aos legisladores, plataformas e aos pais para criarem limites seguros, enquanto a Casa Branca divulgou planos, incluindo uma força-tarefa sobre a segurança online das crianças.
- CEO de grandes empresas de tecnologia e de redes sociais foram interrogados durante uma audiência no Senado sobre os esforços das suas respectivas plataformas para proteger os jovens.
- A audiência centrou-se na segurança digital, incluindo a exploração sexual infantil, uma vez que a inteligência artificial agrava o que os legisladores consideraram uma questão urgente.
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.
Fonte: Portal Olhar Digital - Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi