ONU terá primeira reunião sobre riscos da IA
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) realizará sua primeira discussão formal sobre os riscos da inteligência artificial (IA) na terça-feira (18), em Nova York. O secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, presidirá a reunião.
O que você precisa saber:
Governos de todo o mundo tem discutido como mitigar os perigos da IA, que pode remodelar a economia global e mudar o cenário de segurança internacional;
Em junho, a ONU apoiou uma proposta que cria um órgão internacional de vigilância da IA, como a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA);
A Grã-Bretanha detém a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU este mês e busca um papel de liderança global na regulamentação da IA.
A tecnologia de IA generativa foi lançada há seis meses e se tornou o aplicativo de crescimento mais rápido de todos os tempos — embora já tenha sido ultrapassado pelo Threads. Com o avanço excepcional, a tecnologia também se tornou um foco de preocupação diante de sua capacidade de disseminar imagens deepfake e outras desinformações.
Com diversos governos debatendo o tema, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, apoiou em junho uma proposta de alguns executivos de inteligência artificial para a criação de um órgão internacional de vigilância da IA.
"Os alarmes sobre a mais recente forma de inteligência artificial — IA generativa — são ensurdecedores. E são mais altos vindos dos desenvolvedores que a projetaram. Devemos levar esses avisos a sério.
Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, a repórteres na época.
O plano de Guterres é começar a trabalhar até o final do ano em um órgão consultivo de IA de alto nível para revisar regularmente os acordos de governança de IA e oferecer recomendações sobre como eles podem se alinhar com os direitos humanos, o estado de direito e o bem comum.
O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também apoiou a ideia e disse que deseja que a Grã-Bretanha seja o lar da regulamentação global de segurança da IA.
Com informações da Reuters e olhardigital.com.br