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Gratuito, guia de práticas mostra a potência dos jogos de tabuleiro na escola

Material do Instituto Catalisador é resultado de oficinas com educadores e estudantes de São Paulo, em parceria com a ludóloga Bianca Rozenberg

Ser um ludólogo, ou um estudioso de jogo, é ser também historiador. Afinal, há indícios de jogos de tabuleiro por volta de 5.000 a.C, que se desenvolveram ao longo dos tempos. Muitos, inclusive, podem contar traços específicos de uma comunidade. Além de patrimônio cultural da humanidade, os jogos são potentes recursos pedagógicos: cabem em todos os segmentos, tempos e espaços da escola, em diferentes formatos.

O recém-lançado “Guia de Práticas Jogos de Tabuleiro: do Desplugado ao Plugado”, parceria do Instituto Catalisador com a ludóloga a Bianca Rozenberg, mostra justamente o alcance dos jogos no ensino, com referências históricas e atividades lúdicas para colocar em ação.

Clique aqui para baixar o Guia de Práticas Jogos de Tabuleiro: do Desplugado ao Plugado

A publicação é resultado de uma série de oficinas com estudantes da rede pública municipal de São Paulo, que frequentavam o Mirante Cultural – centro de cultura localizado na periferia da capital paulista. Os alunos puderam conhecer e participar do que se chama de “jogos abstratos e de estratégia” (os mais conhecidos são damas e xadrez), de várias origens e modalidades, além de criar seus próprios tabuleiros. Os encontros foram estendidos aos POEDs (Professores Orientadores de Educação Digital), da Diretoria de Educação Pirituba Jaraguá, a fim de refletir o espaço dos jogos no ambiente escolar.

O resultado, incluindo moldes, sugestões de teste, ferramentas (físicas e digitais), bem como materiais de apoio, estão no e-book, que também traz uma sequência didática para aplicação nos espaços escolares.

“Os jogos abstratos e de estratégia, especificamente, além de terem um apelo lúdico, de serem divertidos e terem o potencial de engajar e despertar o interesse dos estudantes, também podem ser usados como recurso pedagógico, a partir dos anos iniciais do ensino fundamental”, escreve Bianca na apresentação do livro digital.

A ludóloga explica que todos nós conhecemos jogos de tabuleiro: sejam as brincadeiras da infância ou as partidas com os colegas na adolescência. “Partir daquilo que as crianças já sabem é uma possibilidade de gerar engajamento e interesse para novas descobertas. A partir desta lista, já conseguiremos adentrar coletivamente na cultura dos jogos de tabuleiro e realizar alguns questionamentos e observações”, sugere ela, como ponto de partida para a criação (ou o remix) de um jogo.

Fonte: Portal Porvir - Redação

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